“O verde retinto vestia os campos até para lá de meia légua de bom andar, na encosta de Segões, onde a seara empoeirada do sol, já menos paveia que farfalha, barrava a Serra da Estrela, em sua imensidade extática de bronze, dum esmaecido esmeralda.” - Aquilino Ribeiro, in Terras do Demo
Segões desde sempre esteve ligada à produção de pão. Antigamente cultivava-se milho e centeio, que depois eram moídos nos inúmeros moinhos de água que ainda povoam as águas do Paiva e do Corgo de Segões. Nesta terra pequena, muitas vezes isolada por fortes nevões, desenvolveu-se um verdadeiro espírito de entre ajuda. O forno comunitário é um exemplo do uso comum dos equipamentos, mas o que mais salta à vista, é a presença de um magnífico conjunto de espigueiros comunitários, a maior concentração da Beira Alta, com as suas eiras de granito puro beirão.
Encontrando-se até ao século XIX integrada no extinto concelho de Caria, transitou em 1896, para o território administrativo de Moimenta da Beira.
Do património arquitectónico religioso e civil destaca-se uma sepultura escavada em rocha na zona da Pedrégua, a igreja matriz, de estilo barroco e a capela do Senhor da Boa Fortuna. Logo atrás desta encontra-se a casa onde viveu Álvaro de Almeida, ilustre habitante local, promotor de inúmeras benfeitorias na aldeia como seja a instalação da rede elétrica, a construção da escola primária e o estabelecimento de uma carreira de autocarros.
Do património arquitectónico religioso e civil destaca-se uma sepultura escavada em rocha na zona da Pedrégua, a igreja matriz, de estilo barroco e a capela do Senhor da Boa Fortuna. Logo atrás desta encontra-se a casa onde viveu Álvaro de Almeida, ilustre habitante local, promotor de inúmeras benfeitorias na aldeia como seja a instalação da rede elétrica, a construção da escola primária e o estabelecimento de uma carreira de autocarros.
O notável cruzeiro, as diversas alminhas, as inúmeras fontes, a antiga ponte que ligava Segões a Alhais, os marcos da Universidade de Coimbra e todo um casario de feição rural são testemunhos de um povo sabedor e laborioso.
Bem perto do povoado, situada na margem esquerda do rio Paiva, encontra-se a praia fluvial de Segões, que proporciona um intenso contacto com a natureza. Aqui as águas límpidas estão repletas de sais, o que lhes confere uma tonalidade escura, sendo muito procuradas para a cura de doenças de pele.